A Disney reduzirá sua força de trabalho em 7.000 funcionários em uma tentativa de cortar custos, disse Bob Iger na quarta-feira na teleconferência de resultados do último trimestre de 2022 da empresa. O número representa 3,2% do total de funcionários da Disney, que é cerca de 220.000 em todo o mundo.
As demissões fazem parte dos esforços da Disney para economizar cerca de US$ 5,5 bilhões em custos. Desse total, US$ 2,5 bilhões representam “custos não relacionados ao conteúdo” (incluindo custos trabalhistas) e US$ 1 bilhão dessas reduções de custos já estão em andamento, disse Iger. A Disney está buscando uma redução anual de US$ 3 bilhões em custos de conteúdo não esportivo, que deve ser realizada nos próximos anos, disse a CFO da Disney, Christine McCarthy, aos analistas.
Dos US$ 2,5 bilhões em despesas não relacionadas a conteúdo, cerca de 50% representam gastos com marketing; 30% representa custos de mão de obra; e 20% representam tecnologia, compras e outras despesas, disse McCarthy. A Disney espera que essas economias de custo “se materializem totalmente” até o final do ano fiscal de 2024.
Iger disse que não tomou a decisão de cortar empregos levianamente. “Tenho enorme respeito e apreço pela dedicação de nossos funcionários em todo o mundo”, disse ele.
Na frente de conteúdo, Iger disse: “Vamos dar uma olhada em tudo o que fazemos [no entretenimento em geral] porque as coisas em um mundo mais competitivo simplesmente ficaram mais caras”.
Os cortes de empregos anunciados ocorreram quando Iger também anunciou uma nova estrutura operacional para a Disney, organizada em três segmentos principais de negócios: Disney Entertainment, chefiada pelos co-presidentes Dana Walden e Alan Bergman; ESPN, liderada por Jimmy Pitaro; Disney Parks, Experiences and Products, liderada por Josh D’Amaro. A reorganização desmonta o grupo Disney Media and Entertainment Distribution (DMED), estabelecido pelo ex-CEO Bob Chapek em 2020.
Para o trimestre de dezembro de 2022, a Disney superou as estimativas de Wall Street nas linhas superior e inferior. No período, o Disney+ registrou seu primeiro declínio de assinantes – queda de 2,4 milhões – impulsionado por perdas no Disney+ Hotstar, a versão do serviço disponível na Índia e partes do Sudeste Asiático.
