Durante as semanas que sucederam o decreto de diversos governos estaduais brasileiros sobre o fechamento de estabelecimentos comerciais não essenciais para incentivar o isolamento social — forma de diminuir a propagação do novo coronavírus, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) –, empresas de diversos segmentos adotaram medidas para amenizar os danos causados pela crise aos negócios, como migração para o online, congelamento dos preços e suspensão de publicidade. Entretanto, as companhias estão pensando em estratégias para o pós-pandemia? Será possível salvar os resultados de 2020 no segundo semestre?
Para Elio França e Silva, diretor de marketing da Riachuelo, serão raros os segmentos que não terão uma redução neste período, mas segundo ele ainda é cedo para falar em que volume será essa redução. “Na China, alguns segmentos voltaram com força, vendendo a mesma coisa de antes da pandemia, mas aqui ainda é cedo para projetar isso”, reforça. Ainda de acordo com o diretor, o setor de vestuário que trabalha com uma constância de lançamentos ao longo do ano terá uma redução na velocidade desses lançamentos. “Essa renovação, nos próximos meses, vai acontecer em velocidade menor, o quanto menor, ainda não sabemos, pois estamos fazendo projeções”.
A Riachuelo, que está com as lojas físicas fechadas teve que reforçar seu e-commerce, inaugurado em 2017, para amenizar os possíveis prejuízos. Silva afirma que a empresa já vinha reforçando a estrutura de e-commerce, investindo em upgrades de navegabilidade e agilidade, para melhorar a experiência de compra online das pessoas. Segundo ele, na retomada dos negócios, a companhia terá que acelerar as vendas, avaliando o nível de promoção que deverá acontecer para tal. “Estamos vivendo cada dia, como numa tempestade, em que os olhos não conseguem ver longe. Por isso, agora, nosso foco total é no e-commerce”, completa.
Assim como Silva, Renata Vieira, diretora de inovação e experiência da Mondelez Brasil, avalia que ainda é cedo para fazer projeções sobre um momento pós-pandemia, porém, afirma que por ser uma empresa multinacional, estão utilizando aprendizados de outras filiais que estão há mais tempo lidando com esta crise para tomar decisões e antecipar cenários, minimizando impactos.
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