5 lições da Ásia contra a Covid-19 que servem para os negócios

“A China implementou com sucesso a mais ambiciosa, ágil e agressiva estratégia de contenção de uma doença contagiosa da história”. Estas foram as palavras do líder do observatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) na China, Dr. Bruce Aylward. Tamanha conquista traz profundos aprendizados que podem ser desdobrados para inúmeras realidades.

Forma como a China encarou a pandemia traz aprendizados que podem ser replicados no Brasil. Crédito: Pixabay

No artigo de Eduardo Yamashita*, no site Mercado & Consumo, foram evidenciadas algumas dessas lições para as empresas:

O QUE NÃO É MEDIDO NÃO PODE SER GERENCIADO

A China identificou em tempo recorde e com pouquíssimos casos a existência de um novo coronavírus na população (apesar de ter ocultado tais informações inicialmente), algo que quase nenhum país teria a capacidade e infraestrutura para fazer.

Além disso, a China também implementou rapidamente e em larga escala os testes para confirmar pacientes positivos na Covid-19, tudo de forma gratuita no sistema de saúde para identificar e isolar potenciais pacientes disseminadores do vírus.

Lição #1: Nas nossas empresas não é diferente, temos que medir com o mesmo rigor e disciplina os aspectos chave (e somente eles) da operação e da estratégia. Se algum deles sai de sua trajetória planejada, uma ação imediata e contundente se faz necessária. O segredo aqui é saber o que medir e agir rápido.

PDCA – APRENDER E CORRIGIR

Não foi por acaso que a China e os países asiáticos mais desenvolvidos montaram tamanha infraestrutura de controle, monitoramento e combate à uma crise epidemiológica, eles aprenderam com os próprios erros. A região foi a mais afetada pelas pandemias mais recentes da história como a SARS e a MERS.

Lição #2: temos que ter obsessão por mitigar os erros, claro que quanto mais trabalhamos e nos esforçamos, menor será a quantidade e gravidade deles. Mas eles irão acontecer invariavelmente. Dessa forma, não basta apenas identificarmos os erros, temos que tomar medidas enérgicas e estabelecer processos rigorosos para que eles não se repitam.

SE DADOS SÃO O NOVO PETRÓLEO, TENHA UM POSTO DE GASOLINA

O governo chinês valeu-se do (assustador) poder que detém sobre os dados e o controle sobre os seus cidadãos para conter o vírus, essa experiência nos mostra o real poder de transformação dessas tecnologias.

Uma vez identificado com Covid-19, todo o seu histórico de relacionamentos e deslocamento era levantado, era feito o mapeamento dos contatos por meio da rota do celular, das pessoas com quem trocou mensagem e pelas cidades por onde passou. Tudo isso feito pela rede governamental.

Lição #3: o poder dos dados é uma realidade, as empresas que não coletam, armazenam, disponibilizam e exploram tais informações, estão jogando pela janela seu ativo mais precioso. Não basta ter os dados, as empresas precisam deixá-los disponíveis para a organização e saber usá-los da maneira correta – não basta ter o petróleo, é preciso ter também o posto de gasolina.

FOCO

A China será até 2030 a maior economia do mundo, uma país com tamanho poder de fogo direcionou todos os seus recursos para o foco do problema, de forma a tratá-lo de maneira contundente e eficaz.

Para ler a matéria na íntegra, acesse o portal Mercado & Consumo.

*Eduardo Yamashita é COO do Grupo GS& Gouvêa de Souza e diretor da GS&Inteligência

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