Como personagens que evoluem e passam de fase na dinâmica de um jogo, o mercado de games extrapolou as telas dos consoles, PCs e smartphones dando vida ao licenciamento de produtos dos mais variados segmentos. Ao associar sua marca a esse universo, as companhias esperam abocanhar uma parte do mercado gamer, que em sua totalidade deve gerar globalmente US$ 152 bilhões em receitas em 2019, segundo estudo da consultoria Newzoo.
Somente no Brasil são mais de 75 milhões de jogadores, que movimentam cerca de US$ 1,5 bilhão ao ano, segundo uma pesquisa divulgada neste ano pelo Datafolha para a Brasil Game Show. Neste contexto, o licenciamento tem muito o que crescer. “No mundo inteiro, a indústria dos games já se tornou gigante e no Brasil o movimento não é diferente. O perfil do gamer vai do adolescente aos que possuem maior poder aquisitivo. Basta visitar os grandes eventos dedicados a esse público ou assistir aos campeonatos”, afirma Sabrina Freitas, head de licenciamento de marcas Globosat, que, em agosto deste ano estreou no licenciamento de games por meio de uma parceria com a desenvolvedora Ubisoft.
Apesar dos números expressivos e das expectativas do futuro, a avaliação entre profissionais do mercado é que o Brasil está muito longe de explorar todo o potencial que tem para desenvolver no mercado gamer, principalmente no quesito licenciamento de produtos. “Acredito que estamos na fase inicial, apenas tateando a amplitude dos resultados que podem ser alcançados num futuro bem próximo”, pontua Alexandre Volpi, CEO da Vertical, agência que licencia no Brasil a marca Playstation e os jogos God of War, The Last of Us e Uncharted.
Riachuelo já tem produtos de 15 marcas de games, incluindo clássicos com o Super Mario Bros
Na visão de Marici Ferreira, presidente da Associação Brasileira de Licenciamento de Personagens e Marcas (Abral), o País começou a olhar com mais cuidado para esse mercado há uma década, quando Angry Birds foi lançado. Somadas, todas as versões dos jogos da franquia tiveram 4,5 bilhões de downloads desde 2009 no mundo, de acordo com a Rovio, sua desenvolvedora. Na esteira dele, analisa Marici, outras marcas fortes passaram a atuar de forma mais presente no licenciamento, entre elas, Super Mario Bros, Pokémon, Minecraft, Call of Duty e League of Legends. “O segmento cresce e apresenta múltiplas oportunidades de negócios para a indústria e o varejo. O movimento de cultura pop vem promovendo oportunidades em diversas áreas e o setor de licenciamento tem, ainda, muito espaço para explorar”, explica.
Combo de oportunidades
O mesmo Angry Birds mencionado por Marici, aliás, foi determinante para a criação da agência Tycoon 360 no Brasil. A oportunidade de licenciar a marca do jogo no País, em 2013, fez a executiva Erica Giacomelli abandonar o seu sabático para criar a empresa que opera em um modelo de joint venture com a Tycoon, grupo que nasceu em 1990 e atua também em outros mercados da América. Atualmente, além de Angry Birds, a empresa em que é sócia e general manager licencia as marcas da Activision (Call of Duty, Crash Bandicoot, Spyro), Angry Birds, Authentic Games, Candy Crush e Ubisoft (Assassin’s Creed, Ghost Recon Breakpoint, Far Cry, Watch Dogs, The Division).
Para ler a matéria na íntegra, acesse: http://gamesesports.meioemensagem.com.br/capitulos/start-no-licenciamento.html
Fonte: Meio & Mensagem Games – Por Renato Rogenski e Thaís Monteiro.