A rede de lojas de brinquedos Toys “R” Us, que faliu no fim de 2018 e retornou um ano depois, deixou marcas profundas na categoria.
A Target tentou ficar com o império da rede, mas foi a Disney quem firmou parceria com a marca para abrir 25 lojas com seus principais brinquedos ou então só poderiam ser encontrados nas lojas da própria Disney.
Em outubro, foi anunciada uma parceria com a Tru Kids Brands, uma empresa que surgiu do nada para assumir a propriedade intelectual da Toys “R” Us. Assim, a Target ficou responsável pela venda de varejo pela internet.
Toda essa movimentação foi recebida com ansiedade pelas empresas, mas as vendas on-line não decolaram. A Target, contudo, era apenas parte de uma história maior sobre o declínio na categoria de brinquedos. A NPD Group divulgou, no fim de janeiro, que houve uma queda de 4% nas vendas no varejo em 2019.
Não é difícil entender por que o setor de brinquedos ficou decepcionado, já que a derrocada da Toys “R” Us foi um golpe para os fabricantes. Em 2018, varejistas de todos os tipos entraram no jogo de brinquedos na esperança de receber uma fatia do US$ 1,4 bilhão alcançado com a venda dos brinquedos da Toys antes de ela entrar em colapso.
Mas ninguém conseguiu substituir o grande vácuo deixado pela marca e pelo o que ela representava para a categoria. Os esforços da Target mostraram que ela estava tentando competir com mais do que apenas o preço, mas também com parcerias criativas e experiência do cliente.
Segundo James Zahn, editor sênior da publicação comercial The Toy Book, houve uma falta de brinquedos indispensáveis durante o período sabático da Toys. Os varejistas careciam de um fator-chave que toda criança precisa ter para que as lojas tivessem a presença delas.
Ano passado, a indústria também enfrentou interrupções na produção por conta das ameaças tarifárias feitas pelo presidente Donald Trump contra produtos chineses. Enquanto isso, a China, maior produtora de brinquedos do mundo, tomava medidas drásticas para evitar a propagação de coronavírus dentro de suas fronteiras.
Tudo isso mostra que a categoria de brinquedos ainda respira com a ajuda de aparelhos após a falência de sua última especialista. A ausência da Toys “R” Us deu vazão para uma variedade de opções de vendas por impulso que, segundo Zahn, são essas vendas que o setor está perdendo no momento.
As informações são do portal Retail Dive.