Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, no Japão, foram adiados para 2021 por conta do coronavírus, mas o Comitê Olímpico Internacional (COI) decidiu manter o nome do evento com o ano de 2020 por causa do custo que geraria refazer toda a comunicação e identidade visual. Evento teria início no dia 24 de julho deste ano.
Tóquio 2020 já está sendo uma marca trabalhada no mercado desde 2013, quando o local foi escolhido para sediar o evento, na comunicação oficial e em produtos licenciados, assim como as mascotes Miraitowa e Someity.
“Tóquio-2020, como Rio-2016, é uma marca que é patenteada, licenciada, com muito dinheiro e vem sendo usada por patrocinadores e licenciados há anos. O 2020, embora representasse o ano que os jogos fossem organizados, é maior que a referência ao tempo”, explicou José Colagrossi, diretor executivo do IBOPE Repucom, empresa de pesquisa de marketing esportivo e retorno de exposição das marcas em mídia, ao UOL.
A decisão vai beneficiar os patrocinadores, que não precisarão refazer suas ações. Artigos oficiais como itens de vestuários, brinquedos, artigos de papelaria, material esportivo, pins e peças de cama, mesa e banho, que possuem identidade visual dos jogos, assim como as arenas da disputa, pódio e as medalhas que serão dadas aos atletas, serão mantidas.
“Seria impossível refazer todos os pontos de contato com marcas oficiais utilizadas por toda a comunidade internacional e com isso haveria um ambiente de ruído, com duas marcas circulando”, disse Bruno Maia, CEO da Agência 14, agência de conteúdo digital do Comitê Olímpico do Brasil (COB).
“Do lado do COI e do comitê organizador, isso geraria custos altos, pois os obrigaria a se posicionar a respeito de como eles iriam sinalizar os jogos em seus produtos oficiais e todas as comunicações, levando muito do que já foi feito para o lixo”, finalizou.