Por Maura Regan
Por onde recomeçar?
O tumultuado cenário mundial deste momento que estamos vivendo compromete a circunstância adequada para a realização do licenciamento, exceto quando consideramos que as principais possibilidades de negócios para todo o ecossistema – proprietários de marcas, licenciados, varejistas, agentes e outros prestadores de serviços – serão a adaptabilidade e a agilidade.
Nesta cadeia, todos serão desafiados a encontrar maneiras de apoiar-se uns aos outros, por meio de condições inusitadas, para construir um negócio tão forte quanto o que existia antes da pandemia.
Com todos os desafios econômicos enfrentados atualmente, é importante lembrar que chegamos até aqui com um desempenho muito positivo, considerando o balanço de 2019. A receita global de vendas de mercadorias e serviços licenciados chegou a US$ 292,8 bilhões em 2019, um aumento de 4,5% em relação aos US$ 280,3 bilhões gerados em 2018, de acordo com os resultados da Pesquisa Anual de Licenciamento Global da Licensing International. Nos seis anos que a entidade realizou esse levantamento, este foi o maior salto percentual registrado.
Na América Latina, os negócios tiveram uma taxa de crescimento ligeiramente maior do que no restante do mundo, subindo 4,9% para US$ 11,85 bilhões, ou 4% dos negócios mundiais. Deste total, o Brasil representou US$ 5,29 bilhões, 45% do negócio de licenciamento da região.
Diante da pandemia, marcas e produtos licenciados tornaram-se ainda mais importantes e relevantes. Mais do que nunca, os consumidores estão buscando garantias de qualidade em todas as etapas da cadeia de suprimentos e as marcas proporcionam esse atestado.
Esta indústria é incrivelmente inovadora e criativa, características conquistadas de várias maneiras. Provavelmente haverá uma mudança de paradigma na forma como pessoas e empresas colaboram em todos as frentes de negócios e preços. Obviamente, o e-commerce tem sido uma plataforma crescente e a Covid-19 acelerou o seu desenvolvimento. Quais serão os efeitos dessas mudanças?
Neste ponto, a curto prazo, ainda há mais perguntas do que respostas. Mas há também a confiança de que, uma vez que a pandemia dê uma trégua e os consumidores e a comunidade empresarial retornem ao “novo normal”, o negócio de licenciamento continuará a evoluir e a se adaptar.
Estamos ansiosos por um futuro brilhante.
Maura Regan é presidente da Licensing International.