Desejo. Essa é a premissa que movimenta mais de 22 bilhões de reais anualmente. A cifra do faturamento do mercado de licenciamento é um reflexo da demanda do consumidor por produtos e serviços que materializam os atributos de marcas e de personagens. É a possibilidade de vivenciar um lifestyle. Seja por meio de uma roupa, um tênis, uma mochila, um acessório… o mercado infanto-juvenil supre o desejo aspiracional do consumidor que cada vez mais ganha o status de fã. Afinal, ele assume a marca ou personagem para si, tornando as propriedades no que chamamos de love brands. É realmente um estilo de vida, uma maneira de se posicionar no contexto social.
Do lado da indústria essa é uma estratégia de marketing muito interessante, pois segundo a ABRAL – Associação Brasileira de Marcas e Personagens, um produto licenciado vende até 25% a mais do que um item similar não licenciado. Além do aumento nas vendas, o licenciamento funciona também facilitando a entrada nos canais de distribuição e fortalecendo o posicionamento da companhia junto ao mercado de atuação.
O nicho infanto-juvenil é o mais representativo dentro do setor de licenciamento, mesmo com o crescimento do segmento kidult nos últimos anos. O contexto que fortalece cada vez mais esse foco no desenvolvimento de linhas e experiências pensadas para crianças e jovens deve-se, em boa parte, à indústria do entretenimento que por meio dos streamings, games e apps oferece inúmeras oportunidades de negócios para as empresas interessadas em investir nesta valiosa ferramenta de marketing.
O resultado deste trabalho – que une empresas com marcas e personagens por meio do direito de uso, está no dia a dia destes pequenos, porém decididos, consumidores.