O Brasil é exemplo de país com amplo mercado e recepção para marcas esportivas de todo o mundo, expondo oportunidades únicas para a expansão comercial
Por Bruno Koerich*
Para clubes e instituições esportivas ao redor do mundo, a marca é um objeto de valor inestimável para a construção de uma identidade com o público-alvo, além do aumento de novas receitas. Se, para marcas consolidadas, não há como negar o potencial ligado a iniciativas comerciais, o grande desafio recai em como traduzir todo esse prestígio em ganhos significativos, por meio de ações capazes de viralizar e perpetuar um posicionamento mercadológico de alto destaque.
O Brasil surge como um case de sucesso para marcas internacionais que se apoiam no objetivo de alavancar seus resultados e, principalmente, corresponder à paixão de milhões de torcedores brasileiros. Segundo um levantamento realizado pela Sport Track, somente Barcelona e Real Madrid já ultrapassaram a casa dos 35 milhões de simpatizantes no país, de acordo com um relatório desenvolvido com base em 2021.
Não são poucos os motivos que justificam um interesse legítimo do mundo em investir no mercado brasileiro, como um dos polos futebolísticos de influência global. Por mais visibilidade, oportunidades de Marketing e o fortalecimento da imagem do clube, a hora nunca foi tão propícia para direcionar as atenções à maior nação da América do Sul.
Novos mercados, novas perspectivas comerciais e financeiras
Para as marcas internacionais que desejam abraçar de vez o cenário de esportes no Brasil, é fundamental visualizar o licenciamento esportivo como um ponto de ignição a voos maiores!
Sem dúvidas, as possibilidades econômicas são promissoras. Metas como a ampliação do fluxo de receitas, por exemplo, podem ser viabilizadas com a geração dos royalties.
Mas o impacto positivo nas finanças é consequência de um longo e complexo projeto de adequação ao nicho selecionado. É preciso pensar, conhecer e compreender o que está por trás do comportamento e do amor despertado entre torcedores aos quais possuem diferenças etárias, regionais e até mesmo culturais. A distância não deve, jamais, ser tratada como um obstáculo para que as marcas permaneçam no consciente do consumidor.
O licenciamento é um meio para que ideias deixem o campo teórico e se propaguem na prática, colocando o clube em diálogo constante com seu torcedor. Seja com produtos, campanhas publicitárias ou obras de comunicação. Hoje, é plenamente possível implementar uma variedade de canais que forneçam uma pluralidade bem-vinda de serviços. Quanto mais acessível a presença do clube for, melhores serão as chances de uma conversão acontecer.
E para marcas do exterior, encerrando o artigo, volto a afirmar que o processo de licenciamento oferece a chance de se reduzir limites geográficos e sustentar uma relação que conecte clube e torcedor. O espaço para aproveitamento é, com certeza, equivalente à capacidade de engajamento do público brasileiro. Por essas e outras razões, a expectativa é de que equipes internacionais estejam cada vez mais consolidadas na indústria esportiva do Brasil.
*Bruno Koerich é CEO da Destra. Graduado em Administração, possui MBA em Gestão Empresarial.