Ações de fabricantes de brinquedos se recuperam com redução de tarifas sobre importações chinesas

As ações das principais empresas do setor de brinquedos registraram forte alta nesta segunda-feira (13), após os Estados Unidos anunciarem a redução temporária das tarifas sobre produtos importados da China.

O novo acordo prevê a suspensão, por 90 dias, da maior parte das tarifas e outras barreiras comerciais, incluindo a diminuição da alíquota imposta pelo então presidente Donald Trump — que passaria de 145% para 30%.

Com a notícia, as ações da Mattel subiram mais de 10%, as da Hasbro avançaram 6,5%, a Jakks teve alta superior a 15% e a Funko disparou 46,4%.

O desempenho levou as ações da Hasbro a ultrapassarem os níveis registrados no início de abril, antes de Trump anunciar suas “tarifas recíprocas” contra diversos parceiros comerciais. Já as ações das demais fabricantes ainda seguem abaixo dos preços de fechamento de 1º de abril.

O setor havia sido duramente penalizado por Wall Street, diante da expectativa de dificuldades na produção e elevação de custos causados pelas tarifas. A indústria de brinquedos é altamente dependente das cadeias de suprimento chinesas, o que a torna vulnerável a mudanças na política comercial. Segundo o Bank of America, cerca de 40% dos produtos vendidos por Mattel e Hasbro nos EUA são fabricados na China.

Em previsões recentes, a Hasbro estimou que poderia sofrer um impacto de até US$ 300 milhões nos lucros, caso a tarifa de 145% fosse mantida. Já a Mattel alertou na semana passada que adotaria medidas para compensar os efeitos da guerra comercial, incluindo o repasse de custos ao consumidor por meio de aumentos de preços nos EUA.

Ambas as companhias já trabalhavam com projeções baseadas em tarifas de 25% sobre importações chinesas. No entanto, a Mattel revisou sua estimativa no início deste mês, citando a instabilidade macroeconômica e a incerteza em relação às tarifas. A Hasbro, por outro lado, manteve sua projeção anual divulgada no último trimestre, mas também alertou investidores sobre os riscos do atual cenário tarifário.

Procuradas, Mattel, Hasbro, Jakks e Funko não se pronunciaram de imediato à CNBC.

Fonte: Times Brasil