Artista brasileiro faz obra de arte em carro de F1 da Red Bull

“Sempre vi o carro de Fórmula 1 como uma escultura em movimento. Transformá-lo em uma tela foi o desafio mais instigante da minha carreira”

A Fórmula 1 é atualmente uma das ligas esportivas mais lucrativas e em expansão do mundo. Em 2024, a categoria registrou uma receita recorde de US$ 3,65 bilhões, com crescimento de 13,4% em relação ao ano anterior. Essa relevância global tem atraído o interesse de diversos setores, incluindo o mundo das artes visuais, que encontra no automobilismo uma nova forma de expressão e conexão com o público. É nesse contexto que a nova exposição do artista urbano Rich ganha destaque. Com estreia marcada para 17 de maio, na The Coast Gallery, em São Paulo, a mostra traz como uma de suas atrações o primeiro carro de Fórmula 1 grafitado no Brasil. A intervenção estabelece um diálogo entre duas potências culturais — velocidade e arte — e amplia o debate sobre a presença da arte urbana em espaços tradicionalmente ocupados por outras linguagens.

A exposição apresenta obras que percorrem diferentes fases da trajetória de Rich, explorando sua evolução estética e técnica ao longo dos anos. Com um estilo marcado por cores vibrantes e identidade visual própria, o artista já teve peças adquiridas por nomes como Neymar, Gusttavo Lima, Caio Castro e João Adibe. A intervenção inédita em um carro de Fórmula 1 da Red Bull traz a fusão entre arte urbana e o universo do automobilismo de alto desempenho, que promete atrair tanto colecionadores quanto apaixonados por velocidade. “Sempre vi o carro de Fórmula 1 como uma escultura em movimento. Transformá-lo em uma tela foi o desafio mais instigante da minha carreira”, afirma Rich, que venderá o carro por R$ 7,2 milhões. A abertura para convidados do entretenimento, do esporte e do mercado de luxo acontece no dia 15 de maio com presenças confirmadas de Caio Castro, Léo Picon e Lucas Lucco.

Recentemente, o artista também repercutiu internacionalmente com a obra Trump Elected, criada após o atentado contra o presidente norte-americano. A pintura foi vendida em menos de 24 horas para um colecionador russo por US$ 20,5 mil (cerca de R$ 112 mil). “A arte não tem fronteiras. Não retratei uma tentativa de homicídio, mas um momento histórico que impactou o mundo todo”, explica o artista. Sobre o sucesso da obra, o artista destaca o alcance global de suas criações. “A postagem viralizou e recebi mensagens de 14 países diferentes. Mas a peça já estava vendida. Eu prezo muito pela exclusividade. Quero que minhas obras sejam não só criativas, mas também ativos financeiros que se valorizam com o tempo”, completa.