Marca de blocos de montar de plástico, que fez enorme sucesso entre as crianças brasileiras nos anos 1970 e 1980, retornará às lojas do país a partir do mês de maio
Um brinquedo que pode ser definido como um conjunto de blocos de montar de plástico que se transforma em qualquer coisa, estimulando a imaginação das crianças. Não é o que você está pensando. É mais do que isso. O sistema de brinquedos Rasti não conta apenas com blocos de montar básicos. Também é formado por kits com peças mais complexas, como eixos, rodas, engrenagens, polias, telhas e até mesmo blocos para montagens mecânicas com motor, transmissão, redutor e parte elétrica. Pois esse versátil e surpreendente brinquedo de origem alemã que fez enorme sucesso entre as crianças brasileiras, principalmente nas décadas de 1970 e 1980, está retornando ao mercado brasileiro depois de mais de 30 anos fora das lojas do país.
A marca Rasti será relançada no Brasil na 35ª Feira Internacional de Brinquedos (Abrin), que ocorrerá de 5 a 8 de março, no Expo Center Norte, em São Paulo (SP). A previsão de chegada dos brinquedos às lojas de todo o país é a partir do mês de maio.
O Sistema Rasti foi criado nos anos 1960 pela empresa alemã Modellspielwaren Dr. Hasel & Co. Nos anos 1970, a indústria Hering, de Blumenau (SC), adquiriu a licença para produzir e comercializar os brinquedos da marca no país, obtendo grande sucesso de vendas. Nos anos 1990, no entanto, a empresa catarinense parou a produção e a Rasti saiu do mercado.
“Há toda uma geração de brasileiros que se divertiram muito com os blocos de montar da Rasti nos anos 1970 e 1980. Estamos resgatando para o mercado nacional um brinquedo de alta qualidade, que desperta a criatividade, a concentração e a imaginação de crianças e até mesmo de adultos. O nosso desejo é permitir que esses brasileiros que brincaram com o sistema de blocos de montar Rasti há três décadas, e que hoje estão no papel de pais e mães, agora também possam se divertir com esse brinquedo com os seus filhos”, explica o empresário Gustavo Graziottin, de Caxias do Sul (RS), responsável pela importação do produto da Argentina – país no qual o brinquedo voltou a ser produzido no final dos anos 2000, tornando-se um êxito de vendas.
Há kits compostos por peças básicas para montar um modelo específico – como um carro ou um castelo, por exemplo – ou para brincar de forma livre, com o objetivo de estimular a criatividade e a imaginação. Entre os 17 itens que serão disponibilizados no mercado em breve destacam-se os kits com peças básicas como as linhas “Rasti Mix” e “Rasti Amigo”. Diferentemente de outros produtos similares disponíveis no mercado, o Sistema Rasti oferece muito mais possibilidades de montagem. A marca também oferece produtos com peças mais complexas para montagens mais avançadas, como o “Motobox”, um kit para montar um carrinho que conta até mesmo com um motor movido a pilhas.
Contudo, um dos produtos que mais chamam a atenção no novo portfólio da Rasti no Brasil é o “Castelo de Fogo”, kit que faz parte da coleção “Diversão Aumentada”. Esse conjunto contém alguns blocos com códigos que podem ser escaneados com um aplicativo gratuito, permitindo que imagens de dragões, feiticeiros e outras figuras medievais apareçam por meio do uso da tecnologia de realidade aumentada.
Os blocos de montar Rasti são direcionados principalmente a crianças com idades mínimas entre quatro a sete anos, dependendo da complexidade do kit. Porém, por conta do apelo nostálgico da marca e do fato de alguns kits conterem itens de montagem mais complexa, os produtos provavelmente também vão atrair a atenção dos adultos da Geração X, que foram crianças nas décadas de 1970 e 1980, caso do próprio Graziottin. “Os brinquedos Rasti ganharam o status de ‘vintage’ após o desaparecimento da marca do mercado nacional nos anos 1990. Há milhões de consumidores brasileiros que, como eu, ficaram órfãos desses blocos de montar e que aguardavam ansiosos pela volta do brinquedo às lojas brasileiras. A espera está prestes a acabar”, anuncia Graziottin.
Fonte: Keep Calm – Marketing Estratégico – Stefan Ligocki.