Pais ausentes, descomprometidos, perdidos em seus papéis. Nessa realidade contemporânea, se A culpa é da mãe, cadê o pai da criança? Baseada em sua experiência clínica, a psicóloga Elizabeth Monteiro aborda os conflitos familiares, os modelos inadequados de pais e dá sugestões para resgatar a identidade paterna e mostrar sua importância na formação dos pequenos.
Pesquisas e reportagens têm alardeado nos últimos anos uma mudança no comportamento dos pais: eles estariam mais participativos na vida dos filhos. Há certamente um avanço, porém muito longe do ideal. Infelizmente, a maioria das famílias ainda convive com um pai perdido em seu papel. Eles não interrompem o trabalho para dar um telefonema para casa e certificar-se de que os filhos estão bem; não vão à escola saber como está o desempenho; não se preocupam em dar bons exemplos; não têm a menor ideia do quanto a ausência prejudica o desenvolvimento dos filhos.
No livro Cadê o pai dessa criança? (144 p., R$ 38,40), lançamento da Summus Editorial, a psicóloga Elizabeth Monteiro fala diretamente com esses pais: o ausente, o violento, o folgado, o ignorante, o workaholic e até o abusador. De forma direta e contundente, ela mostra a importância de resgatar a identidade paterna e afirma: “Assim como a mãe, o pai tem a obrigação de cuidar do filho de maneira amorosa, respeitosa, ser presente e atuante. Do contrário, não é pai”.
Na avaliação da psicóloga, o homem não nasce pai. Ele se transforma em pai – o que difere da mulher, que biologicamente já vem com preparo para exercer a maternidade e se especializa desde criança, com as brincadeiras com bonecas. “A mulher, ao engravidar, começa a desenvolver uma ligação afetiva e maternal com o filho”, afirma. Segundo ela, o homem tem de aprender a desenvolver o amor paterno. E o filho só precisa de um pai coerente, que tenha bom-senso, boa dose de bom humor e postura amiga. De qualquer forma, o pai ideal está longe de ser perfeito. “Tudo que é perfeito ou imperfeito demais é patológico”, alerta a autora.
Baseada em sua experiência clínica e em pesquisas diversas, a psicóloga analisa os principais tipos de pai da família contemporânea e deixa claro que esses modelos prejudicam o desenvolvimento afetivo e intelectual das crianças, impactando duramente sua autoestima. “Crianças criadas com a participação ativa do pai se tornam adultos mais seguros, mais competentes e mais amorosos”, afirma.
Dividida em nove capítulos, a obra traz um breve esclarecimento da origem e da manutenção de alguns comportamentos e atitudes através dos tempos – desde a criação do mundo até os dias de hoje. A autora analisa também os modelos de família surgidos a partir da Idade Média até as diversas configurações das famílias atuais e os novos vínculos de parentesco. “A família contemporânea adquiriu extrema mobilidade. A brasileira também encolheu, além de estar fragmentada”, diz a psicóloga.
Segundo a autora, as sociedades atuais são, por definição, permeadas por mudanças constantes e permanentes. “A globalização tem um impacto enorme sobre a identidade cultural, e essa é a principal diferença entre as antigas sociedades e as modernas”, complementa. Ela mostra que o pai é fator fundamental de equilíbrio psíquico e emocional para que a criança possa se integrar à sociedade e ao mundo em que vive. O livro inclui ainda o “Questionário do pai ideal”, com 60 questões que expressam tudo que os filhos querem de um bom pai.
Ao discorrer sobre os tipos de pai, Elizabeth lembra que, ao longo de mais de 40 anos de prática clínica, atendeu centenas de crianças e adolescentes profundamente marcados pelas atitudes negativas, ou pela indiferença do pai. “Como pleitear um mundo melhor se aquilo que é ruim se reproduz a cada geração?”, questiona a autora. Entre os tipos apresentados no livro estão o pai abusador e o pai usuário “social” de drogas. “Sabemos que 87% dos abusadores são pessoas de confiança da família”, diz a psicóloga no capítulo em que revela também as categorias de abuso infantil.
A autora
Elizabeth Monteiro nasceu em 1949 e iniciou sua carreira lecionando para crianças do ensino fundamental. Pedagoga, especializou-se em Psicopedagogia, tendo em seguida se formado psicóloga. Ao mesmo tempo em que estudava e trabalhava, cuidava da família. Casada há quarenta anos com seu primeiro namorado, tem quatro filhos e, até agora, quatro netos. Atriz e modelo nas horas vagas, trabalha em seu consultório particular, na cidade de São Paulo, atendendo crianças, adolescentes e adultos. É autora de Criando adolescentes em tempos difíceis, A culpa é da mãe e Criando filhos em tempos difíceis, todos publicados pela Summus. Betty se define assim: “Não gosto de seguir ordens e muito menos de rotina. A maturidade que conquistei me autoriza a ser quem sou. Não tenho nada a temer nem a esconder de mim”.
Título: Cadê o pai dessa criança?
Autora: Elizabeth Monteiro
Editora: Summus Editorial
Preço: R$ 38,40 (Ebook: R$ 26,90)
Páginas: 144 páginas – 14 x 21 cm
ISBN: 978-85-323-0893-1
Atendimento ao consumidor: 11-3865-9890
Site: www.summus.com.br
Fonte: Imprensa Grupo Summus – Ana Paula Alencar – (11) 4787-1322.