Xô crise: a indústria de brinquedo nacional, segundo a Abrinq, deve crescer nesse penoso ano de 2015 algo em torno de 9%. As contas são do presidente da entidade, Synésio Batista da Costa. A Semana da Criança respondeu por 35% do movimento anual das vendas da indústria, com crescimento de 12% em relação ao ano anterior. E a previsão para o Natal é de mais 32% do movimento anual (15% a mais em relação a 2014).
Levantamento da entidade mostra que desde 2007 a indústria persegue altas consecutivas, somando-se preço para loja da produção nacional mais importações: R$ 2.234 bilhões, R$ 2.510 (2008), R$ 2.710 (2009), R$ 3.117 (2010), R$ 3.460 (2011), R$ 3.875 (2012), R$ 4.456 (2013), R$ 5.160 (2014) e R$ 5.934 bilhões, projeção para este ano.
O Dia da Criança e o período natalino representam habitualmente, segundo estatística da entidade, vendas superiores a 65% de todo o movimento do ano comercializado pela indústria do brinquedo no País. As fábricas, em número de 378, produziram cerca de 1.500 lançamentos e estão preparadas para abastecer os lojistas, informa o presidente da Abrinq.
As metas da indústria para este ano, explica Synésio Batista da Costa, incluem o aumento da escala econômica, a retomada de 10% do mercado dos importados e a redução de 2% no preço ado brinquedo ao consumidor.
A alta do dólar está favorecendo a indústria neste Natal, uma vez que o preço dos importados vai subir até o fim do ano caso a moeda americana continue variando no ritmo atual. Com a alta do dólar a indústria nacional recuperou cinco pontos percentuais de participação no mercado, que no início do ano já era de 60% (contra 40% de importados).
A previsão de faturamento anual do setor de brinquedos é de R$ 9,5 bilhões, preço loja. Entre as metas atuais, o setor busca reduzir as importações e implementar o crescimento da indústria nacional de brinquedos.
Synésio Batista da Costa observa também que houve um aumento per capita no consumo de brinquedos nos últimos cinco anos. “Eram 6 brinquedos por ano por criança e agora chegamos a 7,2.” As bonecas continuam representando a maior parte do negócio, com 18,1%, seguidas pelos veículos (carrinhos, motos, pistas), com 14,2%.
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