A situação já foi pior ano passado, mas o problema de abastecimento de insumos e de matérias-primas ainda afeta o parque industrial. Para o presidente da ABRINQ – Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos, Synésio Costa, no entanto, a indústria nacional do brinquedo tem condições de suprir boa parte da demanda interna.
Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria – CNI dava conta que sete entre dez indústrias brasileiras, ano passado, acusaram a falta de insumos, que este ano teve redução e deve voltar ao quase normal no segundo semestre.
A indústria do brinquedo teve, em 2021, faturamento de R$ 7,8 bilhões, 4% acima de 2020 (R$ 7,5 bilhões), ano que já havia superado o anterior. Desde 2011, quando registrou R$ 3,460 bilhões, o faturamento da indústria vem crescendo continuadamente.
Mantidas as variáveis atuais, o crescimento deste ano, de acordo com Synésio Costa, deve evoluir para mais 6%, perfazendo R$ 8,3 bilhões para o setor de brinquedos em geral. A falta de alguns itens importados, explica o presidente da ABRINQ, não está afetando as principais linhas de produção do brinquedo.
A sazonalidade das vendas, segundo a estatística anual da entidade, em 2021 seguiu anos anteriores, concentradas em mais de 50% nos meses de julho, agosto, setembro e outubro, para abastecer as lojas no Dia das Crianças e Natal.
No último ano as importações, em sua maioria concentradas na China, decresceram de 77,34 para 75,80%, dando espaço para a indústria nacional aumentar sua produção. Com isso o número de empregos gerados passou de 35.832 para 36.500.
A inflação no período para os brinquedos ficou perto de 5%. As vendas do setor em todo o mundo passaram de US$ 102 bilhões em 2020 para US$ 109,1 bilhões ano passado.