A multinacional planeja o lançamento de dois serviços de streaming: uma plataforma com filmes e séries e outra para ESPN
A Walt Disney Co. anunciou que deve retirar seus filmes e séries da Netflix a partir de 2019, focando no desenvolvimento de um serviço on demand (VOD) exclusivo da marca. O anúncio foi feito junto à divulgação dos rendimentos da empresa no último trimestre, nessa terça-feira, 8. Em um call com acionistas, o CEO e chairman da Disney, Bob Iger, disse que a companhia tem a intenção de intensificar seus investimentos na BAMTech, empresa de streaming ao vivo. Ele afirmou que a aquisição de US$ 1,6 bilhão em ações da companhia vai permitir que a Disney crie a “mais robusta plataforma de streaming ao vivo no mercado”.
O objetivo é lançar duas plataformas on demand: um serviço próprio para a marca com filmes e séries originais, em 2019, e outra plataforma OTT para ESPN, canal que também pertence à Disney, no início do ano que vem. O serviço para ESPN será apoiado por anúncios, com a perspectiva de oferecer 10 mil transmissões de eventos esportivos no primeiro ano.
Já a plataforma de marca Disney não terá publicidade, com séries e filmes já lançados e outros desenvolvidos exclusivamente para o serviço. A ideia é que ele seja lançado como um produto global, cuja estreia deve coincidir com a divulgação de filmes aguardados como a sequência de Frozen e Toy Story 4. Ou seja, além do selo Disney, o serviço também terá as produções da Pixar. Em relação às franquias Marvel e Star Wars, também parte do conglomerado, ainda não ficou definido se estarão na plataforma.
De acordo com o CEO, o preço para os pacotes não foi estabelecido e a Disney ainda não conversou sobre o serviço com os distribuidores de TV à cabo da ESPN, além de operadoras de telecom e satélite. Alguns contratos da companhia nos EUA devem expirar em breve, entre eles o acordo com a Altice, Fios TV (da Verizon) e os serviços de TV paga da Time Warner. Apesar disso, os contratos com grandes empresas americanas como Comcast e Dish Network já estão fechados até o começo da próxima década.
“Por enquanto, o ecossistema multicanal é muito robusto em termos de rentabilidade para a Disney e para a ESPN. Neste momento, não sentimos a necessidade de romper com o modelo atual, mas isso (o serviço) certamente nos dá mais opções caso um dia cheguemos a um ponto em que o modelo de negócios não venha a servir os interesses da companhia e dos acionistas”, disse Iger.
Fonte: Meio & Mensagem – 9/8/2017 – http://www.meioemensagem.com.br/home/ultimas-noticias/2017/08/09/disney-deve-sair-da-netflix-para-lancar-streaming-proprio.html.