À medida que os jogos de tabuleiro continuam batendo recordes de vendas e atraindo novos públicos, o gerente-geral da Funko Games, Jay Wheatley, enxerga com clareza o futuro dos jogos de mesa e afirma: “a tendência é inusitada”.
Esta ideia o agrada, uma vez que, no passado, Wheatley teve a oportunidade de viver situações pouco convencionais com alguns clientes do seu restaurante (Entros) em Seattle.
Tudo começou com uma partida entre dois jogadores, cujos papéis eram de vendedor de carros e comprador, e que deveriam seguir a quantidade especificada para negociar o veículo. A dupla passou a noite barganhando e, assim, transformaram uma constrangedora situação social em entretenimento.
Este é o tipo de “futuro inusitado” ao qual Wheatley se refere para os jogos de mesa, após liderar equipes de jogos da Spin Master, Mattel, Asmodee, Hasbro e Goliath. “De fato, provavelmente fizemos de 400 a 500 jogos“, recorda Wheatley.
Incluindo alguns dos lançamentos mais recentes da New York Toy Fair, tais como os dos filmes Villainous, Jaws e Universal Monster’s Horrified da Disney, todos licenciados para Ravensburger – antes de ser adquirida pela Funko no final de 2018.
A transição ocorreu há alguns meses, a partir de um projeto encomendado para desenvolver um jogo de estratégia que usava as figuras de Funko Pop!, trazendo-os para o universo comum dos jogos de mesa (Funkoverse).
Diante do sucesso da produção, da ética e da metodologia da equipe de criadores e, tendo em vista a categoria de tabuleiro, Andrew Perlmutter e Brian Mariotti da Funko propuseram um acordo para adquirir a unidade.
Em 2019, a equipe havia sido adquirida e a Funko Games se tornou realidade. Então, Wheatley recebeu uma nova missão para explorar um mundo de propriedades da cultura pop – uma biblioteca, literalmente – e tudo que estivesse relacionado aos jogos de mesa.
“É maravilhoso estar com a Funko. Por mais excelente que tenha sido nosso relacionamento com a Ravensburger, Asmodee etc., empresas que respeitamos profundamente, pairava certa distância entre nós e o consumidor“, explica Wheatley.
Para garantir o relacionamento direto com os clientes, a empresa passou a criar seus próprios jogos, desenvolvendo uma marca reconhecida por todos.
Para Wheatley, definir quais licenças devem entrar para a linha de jogos é um “playground” e também implica em dialogar com o consumidor final.
Obviamente, a produção de jogos de tabuleiro da Funko Games começa com Funkoverse, mas não para por aí. No início deste ano, Wheatley se emocionou durante a New York Toy Fair ao revelar uma série de jogos licenciados, incluindo Back to the Future, Godzilla, Yacht Rock e um título licenciado da Pan Am, levando em consideração a relação que os jogos de mesa têm atualmente com a sociedade.
“Esse é realmente um ponto fascinante. Em meados de 2000, pensávamos em fechar os negócios por causa do aumento dos games de aplicativos.”
Para Wheatley, as pessoas querem passar algum tempo juntas, sentar-se à mesa e compartilhar experiências divertidas. “Os jogos de mesa são uma das coisas mais saudáveis que as pessoas podem fazer – passar tempo juntas, envolvendo intelecto, imaginação e todas essas coisas maravilhosas.”
De acordo com Wheatley, um jogo de sucesso sabe como encontrar o equilíbrio certo ou preparar a receita ideal com as quantidades corretas de cada elemento. “Veremos mais experimentações e nem todas vão funcionar, mas é assim que se inova. Teremos mais experiências exóticas acontecendo. Temos algumas em andamento destinadas a outros canais, mas isso ainda não pode ser revelado. Fique de olho, pois virão alguns jogos a princípio estranhos para o mercado.”
Para ler a matéria de Robert Hutchins na íntegra, acesse o ToyNews.