Estatística da Abrinq aponta crescimento da indústria do brinquedo por 8 anos seguidos
E a previsão para este ano é de crescimento superior a 15%, algo como R$ 6 bilhões, que significam na ponta do varejo mais de R$ 9 bilhões
Tradicional estudo da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos – Abrinq mostra que desde 2007 a indústria do brinquedo persegue altas consecutivas: R$ 2.234 bilhões, R$ 2.510 (2008), R$ 2.710 (2009), R$ 3.117 (2010), R$ 3.460 (2011), R$ 3.875 (2012), R$ 4.456 (2013), R$ 5.160 (2014) e R$ 5.934 bilhões, para 2015.
Os empregos na indústria totalizaram ano passado 30.675, sendo 28.221 registrados e o restante terceirizados. O nível de escolaridade do pessoal do setor cresceu de 49,8% para 57,4% no ensino médio e de 0,5% para 1,9% na pós-graduação. Houve queda de 31,2% para 30,3% no ensino fundamental e de 18,4% para 10% no superior.
O número de fábricas praticamente se manteve estável, passando de 380 em 2013 para 378 ano passado. Para a maioria dos fabricantes o ano foi regular (59,1%) e bom (27,3%). O que eles esperam para este ano?: um ano ruim (13,6%), regular (50%), bom (22,7%) e ótimo (13,6%).
A distribuição dos preços ao consumidor final ficou assim em 2014: crescimento nas faixa de R$ 11 a R$ 20 (de 16,9% para 17,3%), de R$ 21 a R$ 30 (17% para 18,5%) e acima de R$ 100 (18,8 para 19,9), e redução nas de R$ 31 a R$ 50 (22,1% para 19,5%) e de R$ 512 a R$ 100 (14,6% para 14,1%).
“Sinal evidente de que um dinheiro a mais na renda familiar se traduz num brinquedo de maior valor agregado”, conclui Synésio Batista da Costa. “A qualidade e segurança dos brinquedos fabricados no Brasil não deixam nada a desejar às de nenhum outro país com tradição nesta indústria. Quem garante isso é o Inmetro. Poucas atividades industriais são tão certificadas como a nossa.”
As vendas por segmento mostram a liderança dos produtos para a primeira idade (20,7%), seguidos por desenvolvimento afetivo (19,7%), atividades intelectuais (14,1%), relações sociais (13,7%), atividades físicas (13,5%), criatividade (11,9%) e mundo técnico (6,4%).
Como em anos anteriores, as vendas por linha de brinquedo revelam a liderança de bonecas e bonecos, com 19,2%. Vêem na sequência veículos (15,5%), esportivo – patins, triciclo, veículos (9,4%), reprodução mundo real (9,1%) e jogos (8,6%), entre outros. As vendas por canais continuam com os especializados tomando espaço, com 39,2%, à frente de atacadistas (19,9%), magazines (17,6%), internet (15,4%) e autosserviço (8,2%).
São Paulo (37,2%) e Rio de Janeiro (12,8%) concentra quase a metade das vendas da indústria em todo o País. Outros estados com participação considerável são Minas Gerais (7,2%), Santa Catarina (6,2%), Paraná (6,1%), Pernambuco (4,9%), Rio Grande do Sul (4,8%) e Bahia (3,7%).
A sazonalidade da indústria ainda é um grande desafio, com mais de 53% das vendas concentradas no Dia das Crianças e no Natal. As fábricas de brinquedos estão concentradas em São Paulo, com 862% da indústria; 2,8% estão no Paraná e 2,7% em Santa Catariana.
A Abrinq – Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos, segundo seu presidente, Synésio Batista da Costa, está empenha este ano em trabalhar junto ao governo para as compras governamentais de brinquedos destinados às escolas. Ele diz que importantes vitórias recentes contribuíram para a estabilização do setor, como o fim da guerra dos portos e a desoneração da folha de pagamento. Entre as metas atuais, o setor busca reduzir as importações e implementar o crescimento da indústria nacional de brinquedos.
Fonte: Primeira Página Assessoria de Imprensa – (11) 5908-8214.