Crise econômica pode afetar a receita nos lançamentos do ano que vem
Não é mais novidade que a indústria de jogos eletrônicos vive seu momento de ascensão por conta do isolamento social. Só nos Estados Unidos, no primeiro trimestre deste ano, o consumo de jogos teve receita de US$ 10,6 bilhões e um aumento de 9% em relação ao mesmo período de 2019.
A Nielsen Brasil apontou que entre 16 e 22 de março, a venda de consoles no varejo cresceu 137% em comparação com a semana anterior e a venda de jogos periféricos cresceu 103%.
A Ubisoft, por exemplo, teve um desempenho 16% melhor que o esperado no primeiro trimestre, com receita de 388 milhões. Segundo o Estadão, a alta nas vendas foi de 71% entre 15 de março e 15 de maio, comparado com 2019.
O jogo de dança Just Dance teve alta de 156% nas vendas no primeiro trimestre, também comparado com o ano anterior. No Brasil, entre 15 de março e 15 de maio, eles venderam sete vezes mais que nos primeiros dois meses do ano.
A Take-Two Interactive faturou US$ 729 milhões também no primeiro trimestre, ante US$ 488 milhões em 2019. A Activision Blizzard, que detém os direitos sobre Call of Duty: Warfare, teve receita de US$ 1,52 bilhão, 18% acima do esperado.
No caso dos consoles, Sony e Microsoft já enfrentavam uma queda no interesse dos usuários no primeiro semestre com relação ao PlayStation 4 e o Xbox One. Isso porque o PlayStation 5 e o Xbox Series X devem chegar ao mercado em breve e isso já causa naturalmente uma diminuição dos jogos que são lançados.
A Sony teve queda de 13% no trimestre e a Microsoft 1%, comparado com o mesmo período do ano passado. Só a Nintendo teve crescimento em sua receita, com 1,3 bilhão de ienes, crescimento de 9% em relação ao último ano fiscal. O console Switch teve 24% no crescimento de vendas no ano fiscal encerrado em março.
As empresas, contudo, se mostram preocupadas com os lançamentos previstos para o ano que vem por acharem que a crise econômica mundial pode afastar os consumidores de novos consoles. Com poder aquisitivo menor, podem gastar menos com artigos de luxo, como é o caso dos consoles.
As informações são do Estadão.