Quando uniram forças, escolheram se chamar Thunderbolts, mas os acontecimentos do mais recente filme da Marvel os levaram a dar continuidade a um legado valioso sob seu novo nome, tão poderoso quanto promissor
Thunderbolts* já em cartaz nos cinemas
A grande revelação foi feita dias atrás e deixou os fãs do mundo inteiro querendo mais: a equipe não convencional de anti-heróis apresentada em Thunderbolts* agora é conhecida como Os Novos Vingadores, revelando o mistério por trás do asterisco no título do mais novo filme da Marvel.
Depois de serem pegos por uma armadilha mortal preparada por Valentina Allegra de Fontaine (Julia Louis-Dreyfus), Os Novos Vingadores — formados por Yelena Belova (Florence Pugh), Bucky Barnes (Sebastian Stan), Guardião Vermelho (David Harbour), Fantasma (Hannah John-Kamen), Treinador (Olga Kurylenko) e John Walker (Wyatt Russell) — devem embarcar em uma perigosa missão que os forçará a confrontar as partes mais sombrias de seus passados.
Para a equipe criativa por trás do filme, reunir o novo dream team que estabelece um marco no Universo Cinematográfico Marvel (MCU) foi um projeto tão estimulante quanto desafiador.
QUADRINHOS QUE INSPIRAM
Como costuma acontecer nos projetos do MCU, a equipe responsável por Thunderbolts* descobriu que os quadrinhos da Marvel são uma grande fonte de inspiração como ponto de partida para contar a nova história e delinear seus personagens. “A história do material original nos quadrinhos é muito rica, o que nos forçou a encontrar uma perspectiva especial para os personagens do filme”, comenta o produtor executivo Brian Chapek.
Nos quadrinhos, os Thunderbolts são uma equipe heterogênea de anti-heróis e vilões com passados problemáticos. Eles nem sempre têm as melhores intenções e lutam internamente contra a ambiguidade moral. “Nos aprofundar em personagens com uma moral questionável era algo que queríamos fazer e que achamos interessante”, acrescenta Chapek.
CONSTRUINDO O CAMINHO DENTRO DO MCU
“É um grupo, uma equipe, sobre a qual temos falado há muito tempo na Marvel Studios. A ideia de reunir personagens que são vistos como vilões pelo mundo, ou que talvez vejam a si mesmos como vilões, e dar-lhes a oportunidade de agir como heróis para ver como isso lhes permite mudar e evoluir, é muito interessante. E depois de 35 filmes no Universo Cinematográfico Marvel, temos personagens incríveis, interpretados por atores incríveis, com os quais queremos fazer mais, então, finalmente, era o momento certo para trazer os Thunderbolts para as telonas dos cinemas”, explica Kevin Feige, produtor e Presidente da Marvel Studios.
A partir daí, a equipe liderada pelo diretor Jake Schreier começou a decidir quem faria parte do novo grupo de desajustados. Com Yelena no centro, eles se propuseram a encontrar personagens com experiências semelhantes. “Os personagens que procurávamos eram os mais emocionalmente prejudicados e os que mais rejeitavam a ideia do herói. Ao analisarmos o grupo de personagens que escolhemos, foi interessante ver a relação que cada um deles tinha com o conceito de herói e os vários motivos pelos quais eles os rejeitavam ou porque não entendiam realmente o que significava ser um herói”, diz Schreier.
Para definir o tom do filme, a próxima etapa foi descobrir a dinâmica entre eles, fazendo perguntas concretas: como eles lutam pelo poder? Como zombam um do outro? Como passam a se respeitar? “Nós também trazemos cada membro da equipe em um momento específico. O que aconteceu com cada um deles desde a última vez que os vimos? Como eles tentaram sobreviver à dor que enfrentaram? É comovente ver essas pessoas solitárias encontrarem uma família”, conclui a roteirista Joanna Calo.
CONFIANÇA E RESPONSABILIDADE
Schreier destaca que os temas centrais do filme – confiança e responsabilidade – se entrelaçam com o enredo e definem ainda mais os personagens. O diretor diz: “O engraçado da história é que essas pessoas são um mistério umas para as outras, e está arraigado em seu DNA que elas não confiam em ninguém. Eles se justificam constantemente para que não pareça que estão escondendo coisas. Essa falta de confiança revela muito sobre o caráter desses personagens. Eles precisam aprender que confiar nos outros integrantes do grupo é a melhor maneira de ajudar o mundo e também de ajudar a si mesmos”.
UM GRUPO HUMANO
Para a atriz Florence Pugh, essa nova equipe da Marvel também se destaca por sua humanidade. “Na superfície, eles são super-heróis e assassinos, mas também são muito humanos, com emoções, problemas e imperfeições reais, o que torna a história e a jornada deles muito mais interessantes e algo com a qual podemos nos identificar”, observa a atriz, acrescentando: “Acho que demonstra coragem por parte da Marvel começar a explorar os aspectos íntimos dos personagens e ver o que eles têm que enfrentar para sempre estarem à altura da ocasião. É interessante ver o efeito que essa pressão tem em suas mentes e como isso os afeta internamente, porque, no fim das contas, eles são pessoas como quaisquer outras”.
Thunderbolts* já está em cartaz nos cinemas.