Inovar no modelo de negócio, seja com novos processos ou novos produtos e serviços, não é tarefa fácil – a ponto de muitos empreendedores abdicarem dessa estratégia com medo de algo dar errado e comprometer a rentabilidade do negócio. Contudo, preparado ou não, o varejo brasileiro foi obrigado a se reinventar a partir de março de 2020 com a pandemia de covid-19. Novos hábitos e comportamentos surgiram no período e, com eles, novos desafios que exigem diferentes planejamentos. Hoje, a inovação precisa estar no DNA da marca que deseja se relacionar com seu consumidor – e o Natal, data mais tradicional de vendas no país, é a oportunidade perfeita para isso.
Até porque não dá para manter a mesma estratégia de antes perante a transformação ocorrida no varejo. O estudo EY Future Consumer Index, realizado pela EY-Parthenon, mostrou que um terço dos consumidores (33%) mudou as marcas que consumia para apoiar o comércio local e 32%, para reduzir custos. Além disso, o mesmo percentual optou por fazer compras on-line de produtos que antes não adquiriam digitalmente, como alimentos e supermercados. Essa digitalização acompanhou forte queda na renda, com 62% do total confirmando que perderam rendimento durante a pandemia de covid-19, valorizando ainda mais os períodos promocionais.
Em suma: as pessoas estão mais digitais e valorizam as oportunidades de bons negócios que encontram no varejo. Cabe às lojas implementarem táticas e soluções que proporcionem esses dois pontos no relacionamento delas com a marca. Não se trata mais de esperar passivamente o consumidor ir até o estabelecimento e mostrar o que ele espera e deseja da marca. A pandemia colocou outros canais a sua disposição e vai navegar entre eles, pesquisando em um, mas comprando em outro. Assim, é necessário prever as demandas de seus clientes e, mais importante, se antecipar a elas.
É aqui que entra a questão da inovação dentro do varejo. Para descobrir o que as pessoas querem em um cenário de pandemia de covid-19, é necessário criar novos métodos e estratégias a fim de obter essas informações. Se o consumidor mudou com a aceleração digital provocada pelo novo coronavírus, as táticas de relacionamento também precisam ser alteradas. Em vez do “achismo” na tomada de decisão, é preciso abrir espaço para as plataformas tecnológicas na operação. São elas que irão garantir a adoção de novos processos na estrutura do negócio e, claro, abrir caminho para um relacionamento mais duradouro com os clientes.
O diferencial é saber quais soluções digitais são mais eficientes nessa empreitada. Uma alternativa vantajosa é a utilização das moedas digitais. Mais do que meios de pagamento, elas atuam como ferramentas de marketing no varejo. Por meio delas, a marca pode criar programas de relacionamento e conhecer mais sobre seu público graças ao engajamento dos usuários. Basicamente, essa iniciativa recompensa os usuários com uma determinada quantia digital ao cumprirem tarefas para a marca – como o compartilhamento de anúncios em suas redes pessoais em troca de valores que podem ser trocados por produtos e até negociados em exchanges digitais. É uma relação de troca vantajosa, em que tanto os consumidores quanto as empresas saem ganhando.
E não há época melhor do que o Natal para inserir essa novidade no varejo. A digitalização já é realidade nos negócios e na vida como um todo. Logo, as pessoas buscam soluções tecnológicas que tragam mais agilidade e eficiência em seu dia a dia. Se essa opção vier acompanhada de um programa que promove economia e ótimas oportunidades de negócios, melhor! O mundo mudou bastante, sim, mas uma coisa permanece inalterada: o desejo das pessoas de obterem as melhores experiências de compra no varejo.
Cássio Rosas é head de Marketing e Estratégia da WiBX, utility token que promove um programa de fidelização entre varejistas e consumidores por meio de moedas digitais.
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