Companhia, que nasceu como um pequeno bazar de produtos variados, se tornou referência no processo de democratização da moda no Brasil
Em outubro de 1947, há sete décadas, Nevaldo Rocha abria as portas do bazar A Capital, pequena loja de variedades localizada em Natal, capital do Rio Grande do Norte, e que anos depois se tornaria a Riachuelo, uma das maiores redes de varejo de moda do Brasil.
O pequeno empreendedor saiu de Caraúbas, sertão do estado, aos 12 anos, em busca de uma vida melhor na capital potiguar. Foi acolhido pelo dono de uma relojoaria, onde conseguiu seu primeiro emprego. Alguns anos depois, comprou o negócio do então patrão e iniciou a construção do que se tornaria um dos maiores grupos de moda do Brasil. Transformou a relojoaria em um bazar de variedades introduzindo a venda de camisas masculinas prontas, uma novidade na época.
“Comprei umas brilhantinas, uns sabonetes, talcos, e começou aí”, conta Nevaldo Rocha em uma de suas raras aparições, dessa vez no vídeo institucional em homenagem aos 70 anos da companhia (assista aqui).
Em 1951, aboliu os balcões deixando os produtos ao livre alcance dos clientes. Também mudou o nome da loja de A Capital para Lojas Seta e, com o sucesso da venda das camisas masculinas, decidiu apostar no segmento de confecções, começando assim a Guararapes Confecções. Em 1979, o empresário comprou a Riachuelo, na época com 67 lojas.
Em 1988, quando nem se pensava em parcerias colaborativas, Nevaldo contratou o estilista baiano Ney Galvão para desenvolver a primeira coleção assinada da Riachuelo. Foi o embrião de uma estratégia que, a partir dos anos 2000, se tornaria um dos grandes feitos da companhia.
Em 1992, era iniciada a estruturação do grupo no formato semelhante ao que opera hoje – a venda de tecidos por metro foi extinta, dando lugar aos produtos de moda feminina. No mesmo período, foi iniciado o processo de modernização das lojas e intensificação do plano de expansão. Em 2008, o varejo se tornou o foco da companhia, fazendo com que a fábrica de confecções deixasse de abastecer o mercado, fornecendo apenas para a Riachuelo.
“A razão do nosso sucesso é que conseguimos fazer as peças do xadrez colaborarem entre si de forma muito eficiente. Mesmo assim, não consideramos que a nossa meta está cumprida nunca. Pelo contrário. Continuar gerindo e fazendo com que o grupo Guararapes prospere cada dia mais, com seriedade e responsabilidade, é a nossa maior recompensa aquele garoto que saiu do interior do Rio Grande do Norte para construir essa história “, diz Flávio Rocha, presidente da Riachuelo.
Aos 70 anos e com 40 mil colaboradores, a estrutura da Riachuelo se divide em 300 lojas distribuídas em todos os estados do país (além do e-commerce), um dos maiores parques fabris das Américas, localizado em Natal, outra fábrica em Fortaleza, três centros de distribuição (São Paulo, Manaus e Natal), um shopping do grupo (Midway Mall), também em Natal, dois complexos culturais (Teatro Riachuelo em Natal e Rio de Janeiro) e um Contact Center próprio na capital potiguar. Nos últimos 10 anos, a marca também fechou mais de 30 parcerias com estilistas e grifes nacionais e internacionais, e continua trabalhando diariamente pela democratização da moda no Brasil.
Sobre a Riachuelo
Agilidade na produção e rapidez na distribuição. São esses os fatores que garantem a Riachuelo o posto de maior empresa de moda do Brasil e referência no setor de fastfashion. Com o maior parque fabril da América Latina, a empresa cria e produz suas coleções feminina, masculina, infantil, de moda casa e acessórios, sempre tendo como referência as últimas tendências das passarelas internacionais. Atualmente, a rede possui mais de 22 milhões de clientes no cartão Riachuelo e mais de 300 lojas próprias espalhadas pelo Brasil.
Fonte: INDEX ASSESSORIA – Erika Sena – (11) 3068.2000 – ramal 2032.