Segundo semestre, o mais forte do ano, deve reaquecer indústria do brinquedo

O cenário exige cautela por conta da guerra tarifária e o risco de invasão de brinquedos de fora, particularmente da China.

A previsão para o ano, no entanto, é de recuperação, com crescimento projetado em torno de 3%, segundo a ABRINQ – Associação Brasileira dos Fabricantes do Brinquedo. Na opinião do presidente da entidade, Synésio Costa, a indústria deve recuperar terreno e fechar o ano com crescimento em torno de 3%, algo como R$ 10,5 bilhões. “Nem todas as variáveis estão a nosso favor, como a guerra tarifária, mas a indústria se renova constantemente e temos 1.300 novos brinquedos que vão contribuir para isso”, diz ele.

A manutenção do crescimento do setor se dá há mais de década. Para ficar com dados dos últimos anos, a indústria do brinquedo, de acordo com a ABRINQ, passou de R$ 7.290 bilhões em 2019 para R$ 7.545 bilhões (2020), R$ 8 601 bilhões (2021), R$ 9.118 bilhões (2022), R$ 9.465 bilhões (2023) e R$ 10,2 bilhões (2024). “Temos motivo para nos orgulharmos das nossas lutas contínuas para a manutenção do mercado nacional”, conta Synésio Costa.

O presidente da ABRINQ entende que as bases do mercado para um salto de crescimento do brinquedo no Brasil estão sendo estruturadas, inclusive para que 70% dos brinquedos vendidos sejam produzidos localmente, e apenas 30% importados.

Mantidas as variáveis atuais, o crescimento deste ano, de acordo com Synésio Costa, deve evoluir para mais 3%, e a sazonalidade das vendas, segundo a estatística anual da entidade, seguir anos anteriores, concentradas em mais de 50% nos meses de julho, agosto, setembro e outubro, para abastecer as lojas no Dia das Crianças e Natal.

No último ano as importações, em sua maioria concentradas na China, se mantiveram em torno de 75%, mas devem ceder espaço para a indústria nacional aumentar sua produção.

Segue link com dados estatísticos da ABRINQ:

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