A pandemia do coronavírus pegou empresas do setor de chocolate com as calças curtas para a Páscoa, celebrada no dia 12 deste mês.
Segundo explica Henrique Campos, professor do Centro de Excelência em Varejo da Fundação Getulio Vargas, para o Meio e Mensagem, o planejamento para a data começa 18 meses antes.
Este ano, porém, há um desafio maior de continuar a atrair o consumidor e estimular a geração de trabalhos.
Marcas como Lacta, Cacau Show, Kopenhagen e Lindt investiram em e-commerce e nos aplicativos de venda on-line, além de terem antecipado os descontos para evitar as aglomerações típicas de quem deixa para comprar na última hora, seja nos pontos físicos ou on-line.
A Páscoa desse ano, como explica Campos, vai ser afetada de três formas: a data depende de atividades promocionais de pontos de venda. Com menor presença de pessoas em supermercados e lojas, as promoções vão precisar se adaptar.
Em segundo, as pessoas vão evitar a troca de presentes por estarem praticando isolamento social. E em terceiro, com impacto nas finanças, vão evitar comprar itens menos necessários.
A produção artesanal também vai ser afetada porque vão ter dificuldade de entregar seus produtos ou ficarão mais restritos.
Campos, contudo, se mostra otimista e disse que a pandemia deve acelerar a adoção de multicanalidade por parte dos consumidores. As pessoas já têm experimentado consumir alimentos de mercearia ou hortifruti pelo digital e que o delivery é uma conveniência.
“Tenho acompanhado alguns varejistas e marketplaces abandonando o frete grátis para remunerar melhor o entregador e apoiar o aumento dos custos de higiene do processo de entrega”, finalizou.