Palestras reforçam a importância de estabelecer as vendas na internet e como utilizar o campo online das redes sociais de forma inteligente e eficiente
Acompanhando as novas tendências do consumidor brasileiro, o setor calçadista se reinventa e busca estratégias que funcionem no competitivo mercado online. A conexão com o mundo físico e o virtual foi abordada na última quarta-feira, (15/01), durante a palestra “O varejo online, o off-line e a necessária integração de canais”, ministrada por Vitor Magnani, presidente da ABO2O – Associação Brasileira Online to Offline, e fundador do Instituto Startups, realizada na 47ª edição da COUROMODA.
O especialista apresentou diversos cases de indústrias que não acompanharam o movimento de mercado e acabaram fechando as portas, em contraponto de cases de sucesso, com marcas que são consideradas nativas digitais e que rapidamente ascenderam e estão no ranking das mais valiosas do mundo, como Amazon e Google. Sob ponto de vista prático, foram abordadas as principais medidas que devem ser tomadas por varejistas para ingressar no mercado virtual, vender para o país inteiro e consequentemente atrair mais clientes para a loja física. Pequenos e médios empreendedores têm maior vantagem para realizar este processo, pela agilidade em colocar em prática uma nova cultura de consumo, por possuírem uma estrutura mais enxuta e horizontal.
“O Brasil possui enorme capacidade varejista para ser uma potência nas vendas online, atrás apenas de EUA, China e Japão, e deveria adotar o quanto antes um posicionamento efetivo para garantir resultados a médio prazo”, afirma Vitor Magnani. Hoje no Brasil 4% dos calçados são vendidos online, e dentro desse volume, um total de 80% são tênis. Já nos EUA, 7% da venda de calçados é feita através da internet, com 70% relacionado aos tênis. A compra de outros tipos de calçados em ambos países é menor, por conta do significativo número de trocas realizadas, visto que, diferente do que acontece com os tênis, que seguem uma numeração padrão em todo o mundo, os calces dos sapatos tem maior variação.
Além da questão com a numeração, o consumidor mudou sua forma de decidir a compra. São levadas em consideração marcas que gerem experiências para os cinco sentidos do cliente, e que agreguem valor ao lifestyle do mesmo. “Hoje o consumidor não precisa mais ir numa loja para adquirir qualquer tipo de produto ou serviço, ele tem milhares de opções na palma da mão. Hoje ele tem que querer ir e desejar frequentar determinado estabelecimento”, afirma.
Entre os principais pontos que o varejista deve se atentar nesse novo momento estão: alimentar o consumidor com informações (site, blog, redes sociais, atendimento via whatsapp, parceria com influenciadores); focar nos valores da marca (visão de mundo, qual a mensagem e diferencial da marca e dos produtos); e por último, ser uma loja física conectada com o online (ter a mesma linguagem, rapidez no atendimento, checar reputação).
Ainda dentro dessa temática, Fernando Souza, consultor e professor de marketing digital, ministrou palestra sobre “Influenciadores no Instagram: Como medir o retorno financeiro”, e destacou o cuidado com a mensuração de resultados nas redes sociais, como ficar atento às métricas de vaidade ou números fakes, atentar-se para a taxa de engajamento e não apenas número de seguidores. O palestrante ainda deu dicas de como as empresas conseguem chegar à um número real de pessoas que serão impactadas com uma ação com um criador de conteúdo, como fazer a seleção de um influenciador e quais as principais diferenças entre uma ação com celebridade, especialista e microinfluenciador.
“O Brasil está hoje no 2º lugar no que diz respeito à ações pagas com influenciadores, perdendo apenas para os EUA. E aqui, as empresas remuneram três vezes mais estes profissionais do que as empresas americanas”, conta Souza. Em complemento, o especialista afirma que hoje 66% de todas as ações comerciais geradas são feitas dentro do Instagram, e em seguida dentro do YouTube.
Fonte: Suporte Comunicação – Thais Vallim – (11) 3035-3070.