Como uma brincadeira de criança que ganha grandes proporções, o artista americano Nathan Sawaya ficou conhecido no mundo inteiro com suas obras elaboradas exclusivamente com blocos Lego.
Sua exposição itinerante “The Art of the Brick” (“A Arte do Tijolo”, em tradução livre), lançada em 2011, já foi vista por mais de 1,5 milhão de pessoas nos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Ásia e chega à Europa, com uma primeira parada na Bolsa de Bruxelas, onde ficará até 21 de abril de 2014.
A capital belga recebe 70 de suas obras mais impressionantes, reunindo cerca de um milhão de peças de Lego em um espaço de 1,3 mil metros quadrados.
Entre elas se destaca um esqueleto de tiranossauro de seis metros de comprimento, que custou ao artista três meses de trabalho e mais de 80 mil blocos do popular brinquedo de plástico, além de reproduções em três dimensões de telas clássicas, como O Beijo, de Klimt, e O Grito, de Edvard Munch.
Sawaya também revisitou esculturas como a Vênus de Milo, de Alexandros de Antióquia, e O Pensador, de Rodin, e criou obras originais que mostram figuras humanas em plena transformação.
Em uma homenagem a Bruxelas, o artista construiu para esta exposição uma reprodução do Manneken-Pis, a escultura de um garoto urinando considerada símbolo da cidade.
Advogado de formação, Sawaya começou a construir objetos com Lego na infância, como qualquer criança, mas sua paixão e habilidade com o brinquedo evoluiu com o tempo.
Em 2004 ele desistiu do trabalho em um escritório de advocacia para integrar a equipe artística de Lego, antes de abrir um estúdio de artes em Nova York e começar a expor suas obras em 2007.
“Gosto de ver a reação das pessoas diante de obras de arte criadas a partir de algo com o qual são familiares. Todo mundo pode estabelecer uma relação com essas obras porque, na base, trata-se de um brinquedo que muitas crianças têm em casa”, ele explica.
Fonte: Folha de S.Paulo