Kopenhagen aposta em Wandinha

“Com collab entre dois clássicos amados, Nhá Benta e Wandinha, a Kopenhagen aproveita o boom dos licenciamentos e lança edição limitada com produtos  colecionáveis e em duas versões, tradicional e dragê, e será o destaque da temporada nas mais de oitocentas lojas da rede”

 A Kopenhagen decidiu abraçar de vez o Halloween. Neste ano, a marca lança uma edição especial da Nhá Benta inspirada em Wandinha, personagem da Netflix que conquistou a Geração Z e reavivou a nostalgia entre os millennials. Mais do que um licenciamento pontual, o movimento é estratégico: posiciona a empresa no coração da cultura pop, amplia a base de consumidores e cria um aquecimento natural para a Black Friday e o Natal, as datas mais fortes do varejo de chocolates no segundo semestre

É a primeira vez que a Nhá Benta, um dos best-sellers da Kopenhagen, assume o papel central em uma collab. Em 2024, a marca já havia apostado em Wandinha com excelentes resultados, mas o produto protagonista na ocasião foi o KeepKop. Agora, a escolha da Nhá Benta se mostra estratégica: trata-se de um ícone que transita bem entre diferentes públicos e é praticamente unanimidade entre os consumidores. Ao unir Gen Z e millennials em uma mesma campanha, nada melhor do que um produto capaz de “falar a língua” das duas gerações.

 “Licenciamentos globais têm se mostrado uma das alavancas mais eficazes para atrair novos públicos”, explica Pedro Velardo, CMO da Kopenhagen. Os números confirmam: o mercado de produtos licenciados movimenta R$ 21,5 bilhões por ano no Brasil, segundo a Associação Brasileira de Licenciamento de Marcas e Personagens, enquanto globalmente ultrapassa os US$ 300 bilhões. Nesse cenário, parcerias com personagens icônicos garantem não só vendas imediatas, mas também fidelização no longo prazo.

A campanha da Kopenhagen aposta nessa lógica. O plano prevê tráfego intenso para as lojas físicas, engajamento digital e impacto real no ponto de venda. A escolha da Wandinha não é por acaso: dados da YouGov mostram que 65% dos jovens entre 16 e 34 anos comprariam produtos inspirados em seus personagens favoritos. Além disso, 78% dos consumidores de chocolates premium buscam experiências ligadas à nostalgia, de acordo com a Nielsen. A collab conecta esses dois territórios: o doce mais icônico da marca, a Nhá Benta, e a personagem cultuada entre gerações.

Outro fator estratégico é o fortalecimento do Halloween no Brasil que é o cenário perfeito para a Wandinha brilhar. Segundo pesquisa da Globo e EcGlobal, 62% dos brasileiros já tinham intenção de celebrar a data em 2023, número que subiu para 80% entre os jovens em 2024. Para este ano, a expectativa é ainda maior. Para marcas como a Kopenhagen, o período ganha relevância como um “terreno fértil” para campanhas que unem indulgência, estética temática e alto potencial de compartilhamento.

No calendário de negócios, outubro serve como porta de entrada para o ciclo mais rentável do segundo semestre, responsável por mais de 30% do faturamento anual da companhia. “Esse tipo de campanha já aquece a demanda para a Black Friday e o Natal. A jornada do consumidor começa no Halloween e se estende até dezembro, garantindo alto impacto no faturamento das lojas. E com a estratégia, a Kopenhagen sinaliza que não quer apenas vender chocolates: quer se tornar parte das conversas culturais que moldam gerações. Em tempos em que fãs se organizam em comunidades digitais e exigem autenticidade, unir Nhá Benta e Wandinha é um passo calculado para manter a marca relevante em um período de concorrência acirrada”, destaca Velardo.

Nos últimos anos, a Kopenhagen vem reforçando sua estratégia de expansão por meio de inovação em portfólio e ativações proprietárias. A marca, que historicamente se apoiava em datas tradicionais como Páscoa e Natal, ampliou o calendário promocional para incluir momentos culturais e de consumo que dialogam com diferentes gerações. Nesse movimento, além de colabs com grandes marcas e personagens, a companhia firmou parcerias de licenciamentos com marcas como SuperCoffee, Puravida e Dolce Gusto, além de consolidar o Kop Club como ferramenta de fidelização, que já reúne mais de 5 milhões de consumidores ativos em todo o Brasil.

O resultado dessa estratégia tem sido a capacidade de oxigenar uma marca centenária sem perder a aura de tradição. Hoje, a Kopenhagen transita entre públicos distintos: das classes AB que valorizam indulgência premium aos jovens que buscam identificação com narrativas da cultura pop. Ao se apropriar de personagens como Wandinha, a empresa não apenas ativa novos consumidores, mas também reforça a percepção de estar atenta às conversas culturais que moldam o comportamento de compra.

No contexto do varejo, outubro tem se consolidado como um mês-chave para as marcas de consumo. A ascensão do Halloween no Brasil, antes restrito a festas infantis e baladas, ganhou escala nos últimos cinco anos com a entrada de gigantes do varejo alimentar, moda e cosméticos, que enxergaram na data uma oportunidade de tracionar faturamento. Dados da CNC apontam que, em 2024, o varejo ampliou em mais de 15% suas vendas no período, impulsionado por campanhas temáticas, tendência que deve se repetir em 2025.

Marcas que conseguem capturar a atenção no Halloween chegam a novembro com consumidores já engajados, prontos para migrar de edições limitadas para presentes e cestas de alto valor agregado. No caso da Kopenhagen, a expectativa é que a collab com Wandinha funcione como porta de entrada para jovens e famílias que podem ser fidelizados ao longo da reta final do ano, garantindo fôlego extra ao faturamento e reforçando a marca como referência no segmento premium.